Camila, estou ouvindo Cheek To Cheek - Louis Armstrong, e quero que você ouça também. Hoje fazem 11 anos que você se tornou a pessoa mais exótica da família. Eu pensei que conseguiria ocupar esse posto com minhas tatuagens, piercings e roupas pretas, mas esse lugar é seu simplesmente por um motivo: você, além de ter piercing e tatuagem, também se tornou atemporal e consegue morar em vários lugares extremamente inusitados, como, por exemplo, nos meus cabelos embaraçados (antes você fazia vários penteados legais em mim, lembra?). Ok, brincadeiras à parte, você mora em outra dimensão e mesmo assim vem nos visitar de maneiras mega alternativas. Hoje a tia Jane disse que você estava no sonho dela de ontem à noite, com ramos de folha de uva envolvendo seu corpo. Nós comentamos sobre o fato de essa data ser importante e sobre algumas outras coisas, mas a bateria do meu celular acabou e então eu fui para a cozinha. Comentei com o tio Paulo enquanto cortava algumas batatas e disse a ele que
Os percalços de um jovem residem na falta de experiência, que convida o medo para tomar um chá. Obviamente que a insegurança faz parte desse ilustre e lúgubre evento. É importante esclarecer que a juventude também é um estado de espírito, e não somente uma contabilização dos anos já vividos, porém nesse momento abordarei mais a questão da imaturidade, deixando de lado a ideia de “espírito jovial”, pois existem pessoas com pouca idade e sem nenhuma jovialidade atrelada. Talvez eu esteja sendo impessoal demais, irei falar de minha vivência a partir de agora. Considero-me uma moça centrada, porém muito insegura e seletiva. Desde criança sempre tive uma postura um tanto quanto peculiar, o que afastava outras crianças. Por que estou falando isso? Porque agora, em minha juventude não está sendo muito diferente… Há uma diferença muito grande em meu modo de interagir, e percebo que minhas pautas não soam muito aprazíveis aos que compartilham do mesmo número que eu (23 anos). Socializar é comp